tag:blogger.com,1999:blog-80669424854748987412024-02-19T18:11:52.262+00:00Coisas Minhas..."Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança.
De imenso amor, de esperança louca."NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.comBlogger111125tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-59460450046577509342009-12-29T17:46:00.006+00:002009-12-29T18:18:47.659+00:00um dia vou ver o mundo lá de cima<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLL_cE9mWs8xwQq72e_6wqZhTch2Dr9h5DwtMh_GmGFB2KURcuySjKvmrAthK7ROCkJOz-lmRzXV1R-CcRpdN0InBJSOS7QR0wlWJ5qnM3REa_0HnCdFB1kbLoP7n6izoU5zPd65nGqhk/s1600-h/balao%2520de%2520ar.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5420716093038740706" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 291px; CURSOR: hand; HEIGHT: 314px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLL_cE9mWs8xwQq72e_6wqZhTch2Dr9h5DwtMh_GmGFB2KURcuySjKvmrAthK7ROCkJOz-lmRzXV1R-CcRpdN0InBJSOS7QR0wlWJ5qnM3REa_0HnCdFB1kbLoP7n6izoU5zPd65nGqhk/s400/balao%2520de%2520ar.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center"><span style="color:#ffffff;">lll</span><br /><span style="color:#006600;">"Tenho em mim todos os sonhos do mundo" </span></div><div align="center"><span style="color:#ffffff;">lll<br /></span></div><div align="right"><span style="color:#006600;">Fernando Pessoa</span></div><div align="right"><span style="color:#006600;"></span></div><div align="right"><span style="color:#ffffff;">llll</span></div><div align="right"><span style="color:#ffffff;"></span></div><div align="right"><span style="color:#ffffff;">lll</span></div><div align="right"></div><div align="right"></div><div align="right"></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#33cc00;">Era simplesmente um quarto simples. Não havia a decoração a rigor como mandava a época, nem sequer era o dia marcado no calendário e desejado por tantas crianças. Visto de fora, era só mais um dia, só mais uma noite.</span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">lll</span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#33cc00;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#33cc00;">A barriga há muito que saltitava de ansiedade, aquele friozinho que inquieta e desnorteia até os mais sérios. Tentava esconder o entusiasmo, mas a agitação saltava-lhe por uns olhos vivos e denunciantes. Ele sabia que aquele momento tinha um sabor especial, um misto de meninice e inocência. </span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#33cc00;">Abriu a porta e a temperatura acolhedora afagou-lhe de imediato a alma. Não era preciso muito mais do que aquela simplicidade, aquele pequeno gesto, preparado a rigor para lhe enternecer o espírito. Era simplesmente um quarto simples onde as paredes guardam segredos, confissões, desejos, sonhos e momentos do que parece já uma vida inteira. </span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#33cc00;">Sentou-se na cama, de pernas cruzadas como as crianças, e esperou impaciente que partilhassem o seu Natal. Primeiro foi a vez dela, presentes embrulhados de amor e laços de ternura. A cada rasgo do papel inquietava-se. Impunha-se um desassossego, será que ia surpreendê-lo? O sorriso e os olhos brilhantes, o abraço instantâneo e o obrigado rasgado denunciavam a sua felicidade. Sabia que tinha acertado em cheio!</span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#33cc00;">Depois foi ela a descobrir por entre bem-querer e afeição o que lhe reservava aquele amor. Devagar tentava não rasgar o que com tanto carinho tinha sido embrulhado, mas o desejo de encontrar o que estava por baixo foi mais forte. A cada presente, uma surpresa e seguiam-se sorrisos e uma alegria contagiante. Soube surpreendâ-la em cada pormenor! </span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#33cc00;">Era simplesmente um quarto simples onde o natal se ofereceu em afectos e sentimentos trazidos do coração! Porque é na simplicidade que vivem as coisas mais bonitas!</span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"></span></div><div align="right"><em><span style="font-size:130%;color:#009900;"><strong></strong></span></em></div><div align="right"><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;"><strong>ççç</strong></span></em></div><div align="right"><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;"><strong>lll</strong></span></em></div><div align="right"><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;"><strong></strong></span></em></div><div align="right"><em><span style="font-size:130%;color:#009900;"><strong>Um dia vou ver o mundo lá de cima... </strong></span></em></div><div align="right"><em><span style="color:#009900;">Obrigada!!!</span></em></div><div align="right"><strong><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">lll</span></em></strong></div><div align="right"><strong><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">lll</span></em></strong></div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-21656645512583310812009-12-15T18:32:00.003+00:002009-12-15T19:08:29.049+00:00Natal quentinho<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBasDAX7HYQXcC5zBvtFnxZxwF5gsqqTe-Dtmmq9hfuBX7HBuEph62aqJX8GlZQO7tHfdjtmrrIQ_4-IzziKOcyFIynJUb_ulKAN8JCTBXBCdiyxjoBdyi1g9Q8O3TZHajSXUtKJktohU/s1600-h/ARVORE_DE_NATAL_EM_NY.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5415541258664932706" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 189px; CURSOR: hand; HEIGHT: 229px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBasDAX7HYQXcC5zBvtFnxZxwF5gsqqTe-Dtmmq9hfuBX7HBuEph62aqJX8GlZQO7tHfdjtmrrIQ_4-IzziKOcyFIynJUb_ulKAN8JCTBXBCdiyxjoBdyi1g9Q8O3TZHajSXUtKJktohU/s200/ARVORE_DE_NATAL_EM_NY.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;">- Sabe o que me custa mais? Não é ter perdido as forças nem estar doente... (fechou os olhos, baixou a cabeça e respondeu-me) ... é estar uma papa e não ter ânimo. Não ter vontade de nada... Eu que era uma pessoa cheia de objectivos e coisas para fazer.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;">Confesso que não sabia como responder-lhe nos meus poucos 20 anos. Estava ali uma Srª adorável, 103 anos de vida que me tinham cativado em poucos momentos e uma vontade de viver que se tinha escondido não sabia onde. Deixei-me ficar calada, sabia que tinha mais para me dizer (Ali aprendi, aos poucos, a gostar do silêncio. Aprendi que o silêncio é o melhor e o mais sincero dos diálogos.)... Depois olhou-me nos olhos e serenamente disse-me:</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;">- Não tenho vida e tenho medo de não voltar a tê-la... </span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;">Sim, engoli em seco. Notei naquela Srª que estava ciente de que isso poderia vir a acontecer. Percebi que tem tentado preparar-se para uma morte (Outra coisa que aprendi a tratar por tu e sem medos). Não falo da morte física, mas talvez pior...o luto da vontade de viver. Sabia que tinha de fazer qualquer coisa mas também estava ciente de que podia pôr o pé em falso e qulaquer palavra fora do contexto poderia acabar com uma relação que estava a iniciar-se. Nestas alturas a cabeça trabalha-me a mil, tento procurar todos os ensinamentos que os bons profissionais me deram, mas é precisamente nestes momentos que o coração age sempre primeiro... e dei-lhe a mão. A cabeça dela levantou-se, sorriu e agradeceu-me.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;">- Sabe? Amanhã talvez tenha para si um miminho que a vai alegrar. Vamos montar a árvore de Natal no serviço e gostava muito que fosse comigo pôr lá uma bolinha... (não precisei de dizer mais nada, à minha frente uns olhos pequeninos iluminaram-se e cresceu um sorriso verdadeiro)</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;">- Vão fazer uma árvore de Natal? Que bom! (e apertou-me as mãos com força, enquanto se enchia de alegria). É claro que vou. Gosto do Natal... da luz... daquele quentinho! (Sorri-lhe!, não podia responder-lhe de maneira mais sincera)</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;">- Fico muito feliz por vê-la assim!</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;">- E vem buscar-me a que horas? Eu quero vestir-me bem. Vamos fazer uma árvore muito bonita e aquecer o ambiente!</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;">(Não sei por andava o ânimo desta princesa, mas eu enfeitaria as árvores todas só para lhe ver novamente aquela felicidade no rosto)</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;">(...)</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;">E no dia seguinte lá estava a minha menina, toda bonita de sorriso rasgado e olhos de criança sôfrega de vida. Pôs bolinhas, anjinhos e um cartão de desejos na árvore e voltou feliz para o seu quarto.</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;">Não tinhamos muito com que levar o Natal àquele serviço, mas tinhamos vontade, empenho, convívio e sorrisos, muitos sorrisos que ali são o bem mais precioso e o melhor remédio.</span></div><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;">E é isto que quero levar a todos os meus meninos e meninas crescidos, sorrisos e olhos brilhantes. Mas neste mês, mais do que em qualquer altura, quero aquecer aqueles corações e levar-lhes pequenos presentes embrulhados em amor.</span></div><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;">Assim, peço a todos os que me leiam que partilhem comigo ideias e projectos que me permitam levar àquele serviço um Natal quentinho.</span></div><div align="justify"><span style="color:#cc33cc;">Neste momento tenho uma guitarra à espera de uma voz bonita e cantante ou de uma veia de poeta que os encante com palavras bonitas.</span></div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-75702015911765364882009-12-08T14:49:00.002+00:002009-12-08T14:52:43.426+00:00apeteceu-me dizer-te que...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIRnfhOiMxivaUoWSBv3cLCTg3TrQevynbev58x1P4NLEbWHHulUOaT8rIfNrTfiAjrn4HMxTS5AREeOHXkAabTBbVYF6EI6_-0GY9G_J32bxbVBSquYDWclF4nMK3SXoupW_uUg_pfUg/s1600-h/I-Love-You.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5412877746703141170" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIRnfhOiMxivaUoWSBv3cLCTg3TrQevynbev58x1P4NLEbWHHulUOaT8rIfNrTfiAjrn4HMxTS5AREeOHXkAabTBbVYF6EI6_-0GY9G_J32bxbVBSquYDWclF4nMK3SXoupW_uUg_pfUg/s320/I-Love-You.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center"><em><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;color:#33cc00;">Apeteceu-me dizer que gosto de ti e muito!</span></em></div><div align="center"><em><span style="font-size:130%;color:#33cc00;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-size:130%;color:#33cc00;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">ççç</span></em></div><div align="center"><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">ççç</span></em></div><div align="center"><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">ççç</span></em></div><div align="center"><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;"></span></em> </div><div align="center"><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">lll</span></em></div><div align="center"><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">lll</span></em></div><div align="center"><em><span style="font-size:130%;color:#33cc00;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-size:130%;color:#33cc00;"></span></em></div><div align="center"><em><span style="font-size:130%;color:#33cc00;"></span></em></div><div align="right"><em><span style="font-size:130%;color:#33cc00;">...sabias?</span></em></div><div align="right"><em><span style="font-size:130%;color:#33cc00;"></span></em> </div><div align="right"><em><span style="font-size:130%;color:#33cc00;"></span></em> </div><div align="right"><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">llll</span></em></div><div align="right"><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">lll</span></em></div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-43148968303824108172009-12-06T00:30:00.002+00:002009-12-06T00:35:15.201+00:00Sinatra<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrDgnvW-Fs9I2XX2BMSS0iHwr-jqENedH5X8LtCugIO-nkrZVenMTllCYlEuS8duKg8io30zPweQTNtdZ2LahtV_zrZKhiqDdkQv8QAjYF-PBf_18parLmoyY8jSTNatvLe14i78hXiW8/s1600-h/justmorethanacandlebyemoleinap2.jpg"><span style="font-size:130%;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5411914057575116914" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 160px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrDgnvW-Fs9I2XX2BMSS0iHwr-jqENedH5X8LtCugIO-nkrZVenMTllCYlEuS8duKg8io30zPweQTNtdZ2LahtV_zrZKhiqDdkQv8QAjYF-PBf_18parLmoyY8jSTNatvLe14i78hXiW8/s200/justmorethanacandlebyemoleinap2.jpg" border="0" /></span></a><span style="font-size:130%;"><br /></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#663333;">Lá fora o frio cobre a cidade. Aqui dentro sou só eu e a lembrança que ficou de ti. A caneca com chocolate quente aquece-me as mãos e a manta pelas pernas traz-me o conforto desejado nestes dias de Inverno. Lá para dentro o Sinatra canta-me <em>“wake up to reality...”</em>, eu encolho-lhe os ombros e finjo que não o oiço. Gostava de saber porque tiveste de partir assim. Tão de repente sem termos tempo de nos despedirmos “até um dia”. Saíste apressada, a franja a cobrir-te os olhos pequenos de sono e a boca pingada de leite fresco, aquele que bebias todas as manhãs com a torrada mergulhada em manteiga.<span style="font-size:85%;"> <em><strong>“Derretida porque eu não gosto dos bocados inteiros na boca, gosto só do molhinho”</strong></em>.</span> Sabia-te cada mania e cada gesto de cor. Podia até adivinhar quando pestanejavas ou soltavas um suspiro de cansaço. Com o passar dos anos aprendemos a conhecer-nos em cada pormenor. E aquele era só mais um dia igual a todos os outros que viviamos descansadamente. <strong><em><span style="font-size:85%;">“Não precisamos de ter pressa do amanhã, fomos feitos um para o outro para toda a vida, não é meu amor?”</span></em></strong>, esfregavas o teu nariz no meu e rasgavas um sorriso inigualável. Gostava de ver as tuas rugas de expressão no nariz franzido e aquelas pregas desenhadas a preceito ao canto da boca.<br />Hoje era dia de te acordar com um bolo de setenta e duas primaveras. O bolo está ali, eu e o Sinatra cantámos-te os parabéns mas as velas ainda ardem. Falta o teu sopro. Faltas tu!<br />Os dias foram passando mas não fui capaz de aceitar a tua ausência. Continua tudo na mesma. O teu lugar à mesa, a tua escova de dentes, a tua almofada na cama, a marca do teu lugar no sofá. Dizem-me que isto não é vida para ninguém e que tenho de seguir em frente. Que não é vida isso sei eu, deixou de o ser há quarenta e seis anos. “O tempo cura tudo”, que se desengane quem nisto acredita. O tempo traz mudança mas só ensina a ver as coisas de outra maneira. O nosso jardim perdeu as flores mais bonitas, o chão da casa começou a ranger, as portas dos móveis da cozinha empenaram, a torneira da casa de banho está sempre a pingar e os cortinados estão velhos e gastos. O meu corpo curvou-se, os passos tornaram-se mais pequenos e baralhados, o cabelo perdeu-se por aí e os olhos foram-se infelicitando. Mas o amor, esse, é o mesmo. Junta-lhe a saudade, a amargura e a tristeza de um coração que bate sozinho. Mas o amor é mesmo!<br />Fazes-me falta e tu sabes mas como diz o Sinatra <em>“tenho-te debaixo da minha pele”!</em></span></span></div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-45082426829266823502009-11-01T00:08:00.005+00:002009-11-01T00:11:52.864+00:00Mundo ideal<p align="center"><object height="340" width="560"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/TY8J35OXVxg&hl=pt-br&fs=1&rel=0"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/TY8J35OXVxg&hl=pt-br&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object></p><p align="center"> </p><p align="center"><span style="color:#ffffff;">lll</span></p><p align="center"></p><p align="center"></p><p align="center"><span style="font-size:130%;">Quando é que momentos como este vão calar as armas e as guerras e o choro dos</span><span style="font-size:130%;"> que sofrem injustamente...?</span></p><p align="center"><span style="font-size:130%;"></span></p><p align="center"><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">lll</span></p>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-8903779673038279952009-10-25T15:41:00.010+00:002009-10-25T15:58:49.282+00:00Doce<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCs03A1zcmp5zTNul9OTazf6m6vSq70MNQdDgkiv0_Fv3gTSCYEBA6LkbOuuI8mxMQVPnyATIMClBIk9EpNEVUvI5EFhFVM5S_hTykSrzNQii4EmctKvmg_JMW5igDaMmaaD3ieYfihUM/s1600-h/dormir.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396566539009386482" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 167px; CURSOR: hand; HEIGHT: 111px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCs03A1zcmp5zTNul9OTazf6m6vSq70MNQdDgkiv0_Fv3gTSCYEBA6LkbOuuI8mxMQVPnyATIMClBIk9EpNEVUvI5EFhFVM5S_hTykSrzNQii4EmctKvmg_JMW5igDaMmaaD3ieYfihUM/s200/dormir.jpg" border="0" /></a><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:lucida grande;color:#33cc00;">Tocou-lhe. Afagou-lhe o cabelo com a delicadeza de sempre. Tinha-a onde queria, ali deitada no seu peito, aquele lugar que lhe fora destinado. Altar de segredos, de confissões e pacificidade. Um recanto afastado do mundo, capaz de sossegar dois corações que aprenderam a compassar o ritmo. </span><br /></div></span><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:lucida grande;color:#33cc00;">À passagem da mão pelos seus cabelos, fechou os olhos e inspirou-a de um só fôlego para não lhe perder o perfume. Gosta de amá-la assim com todos os sentidos. Sabe-a de cor na pele, no cheiro e no gosto e sabe ouvi-la no olhar. Não lhe importa mais nada. Às vezes é tão fácil ser feliz!</span><br /></div></span><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:lucida grande;color:#33cc00;">No silêncio do seu sono, olhou-a e sorriu. No rosto descobriu-lhe a mesma beleza e meninice que o apaixonou e temeu acordá-la ao som acelerado do coração que ainda galopa ao mesmo ritmo desde esse dia. </span><br /></div></span><div align="justify"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;color:#33cc00;">É ela! Hoje e sempre, a menina e a mulher que se fundiu consigo na sua pele. A pele que tocará até fechar os olhos!</span></div><span style="color:#ffffff;"><br /></span><span style="color:#ffffff;"></span><div align="justify"><span style="font-family:lucida grande;color:#33cc00;"></span></div><br /><p align="center"><span style="color:#ffffff;">çllllllllllllllllllllllllllll</span></p><p align="center"><span style="font-family:lucida grande;color:#33cc00;"><em>"Amo-te"...</em> <span style="font-size:130%;">e adormeceu também!</span></span></p><div align="center"><span style="font-size:130%;color:#33cc00;"></span></div><div align="center"><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">llll</span></div><div align="center"><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">lll</span></div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-6483061996917355992009-10-02T13:56:00.000+00:002009-10-02T13:57:02.884+00:00Prenda de anos<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjZjo7QicN2ul09ScgYBer2hed2rMFzxx3Khn8NkcNkuHCqLHo18dLErGCGrkVDqce_VbvIsuFIQahigmuM7XdxCarjBJXuoME3I26nZ0_bVcfwct7evP0jh-JMMYmioGC15aiUcispvw/s1600-h/m.bmp"><span style="color:#33cc00;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5388001263193259794" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 127px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjZjo7QicN2ul09ScgYBer2hed2rMFzxx3Khn8NkcNkuHCqLHo18dLErGCGrkVDqce_VbvIsuFIQahigmuM7XdxCarjBJXuoME3I26nZ0_bVcfwct7evP0jh-JMMYmioGC15aiUcispvw/s200/m.bmp" border="0" /></span></a><span style="color:#33cc00;"> Uns olhos brilhantes e vivos. Um sorriso gigante e inacabável. Um abraço estendido.<br />Não foi preciso mais nada para fazê-la feliz. Todo o esforço foi recompensado por aqueles pequenos instantes.<br /><br />Ele entrou e iluminou-se. Na sua expressão era impossível esconder o que sentia e isso foi tudo para ela. Há muito tempo que não tinham um momento assim, só deles, só eles. Não houve obrigados verbalizados, o corpo falava por si. O abraço apertado e as palavras especiais sussurradas ao seu ouvido bastaram-lhe. Gostar é isso mesmo, não ser preciso procurar poesias no abecedário. É saber falar além das palavras e saber escutar o coração do outro.<br />Foi pensado tudo ao pormenor e ele percebeu, olhava cada detalhe sofregamente. Queria conhecer cada mimo espalhado naquele recanto que ia ser deles. Sabia que ela tinha empenhado toda a sua dedicação àquele momento. Era muito mais que uma prenda de anos só para ele. Ali estavam desejos, ternura, surpresa e muita vontade de se unirem sem preconceitos nem tempo contado. E num abraço interminável amaram-se até ao amanhecer por muitos sempres, porque os dois o queriam! E isso chega!</span><br /></div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-35312441302927279932009-09-30T21:34:00.003+00:002009-09-30T21:38:22.103+00:00Fantasmas<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwDsCQIJ-GnxJvQBoymr7GMSGk-Jb9lEn0hNHNelERcYmrDIzDt5OyGQttZu3eIiG7daJBclV7JERDC9r3kHadHa5Wm3lLfsNf8lZqcZhzDWW2edDx2aPT3mqiDbQs_m74SDGa13ktcF8/s1600-h/fog.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5387377438464930018" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwDsCQIJ-GnxJvQBoymr7GMSGk-Jb9lEn0hNHNelERcYmrDIzDt5OyGQttZu3eIiG7daJBclV7JERDC9r3kHadHa5Wm3lLfsNf8lZqcZhzDWW2edDx2aPT3mqiDbQs_m74SDGa13ktcF8/s200/fog.jpg" border="0" /></a></div><div align="center"></div><div align="center">Fantasmas</div><div align="center"> </div><div align="center"> </div><div align="center"> </div><div align="center"><span style="color:#ffffff;">çççç</span></div><div align="center"><span style="color:#ffffff;"></span> </div><div align="center"><span style="color:#ffffff;">kkk</span></div><div align="center"><span style="color:#ffffff;"></span> </div><div align="center"><span style="color:#ffffff;"></span> </div><div align="center"><span style="color:#ffffff;">llll</span></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"><span style="color:#ffffff;">llll</span></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="right"><span style="font-size:85%;">(deixem-me em paz...)<br /></span></div><div align="center"></div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-43127923220234368032009-09-30T18:32:00.003+00:002009-12-07T21:16:51.060+00:00Mãos de Virgem Santíssima<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCRTIE9FNZyetRH9F5l2YsNbc2JaCzl7_O6TrwkCS357yOJWad17Q6cGY0FbYtbgq-acXep2MUqXK9BNnurkqmKKHx8JbSJeejYYordJ0fCgf3Va7Xl_0AimGHdq6RtRoHCY8J4a4ImaQ/s1600-h/fatima1i.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5387332393027527826" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 209px; CURSOR: hand; HEIGHT: 157px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCRTIE9FNZyetRH9F5l2YsNbc2JaCzl7_O6TrwkCS357yOJWad17Q6cGY0FbYtbgq-acXep2MUqXK9BNnurkqmKKHx8JbSJeejYYordJ0fCgf3Va7Xl_0AimGHdq6RtRoHCY8J4a4ImaQ/s320/fatima1i.jpg" border="0" /></a> <span style="font-size:130%;color:#993399;">De olhos fechados e mãos de Virgem Santíssima, a embalar-se ao som de um fado que enchia o quarto, estava uma senhora encantadora. Não tive coragem de interromper aquele momento e sem me dar conta fiquei ali a adorá-la por entre a porta entreaberta do quarto. Imagem serena e cativante.<br />- Bom dia! Posso?<br />- Pode. Bom dia. Quem é que vem aí?<br />Estendeu-me as mãos e os olhos ansiosos procuravam reconhecer-me os traços do rosto.<br />- Não sei quem é!<br />- Eu sou a Ana. Vim fazer-lhe um bocadinho de companhia. Quer?<br />- Oh, meu amor! Muito, muito obrigada. Ande, sente-se aqui ao pé de mim. Oh filha muito obrigada por isto!<br />Percebia-se ali uma tristeza sufocante, daquela que dá vontade de arrancar à mão cheia. Não foram precisos mais do que estes pequenos momentos para perceber que naquele quarto o conforto se chamava toque. Por instantes não falámos, éramos simplesmente duas pessoas que se apresentavam e conheciam no silêncio dos olhares atentos. Eu encontrei uma senhora de feições certas marcadas pelo tempo, olhos falantes e nariz desenhado a preceito. Os cabelos brancos e finos encontravam-se ao fundo da cabeça num penteado alinhado e os lábios vestiam-se da cor da blusa vermelha. Casaco de risquinhas condicentes com o tom das calças e umas mãos imaculadas que não largavam as minhas. Uma senhora linda! Do lado de lá não sei o que viu, nem como me viu mas ofereceu-me um sorriso terno e um aconchego entre quatro mãos que ainda não se tinham largado. Estavamos apresentadas.<br />Na sua voz sentia-se a pronúncia de uma terra no meio do oceano. Uma voz calmada, tranquilizadora, diria apaixonante. Tanta doçura numa só pessoa! </span><br /></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#993399;">Sem precisar de dizer nada falou-me de si (...) Os olhos humedecidos cansaram-se de esconder as lágrimas e falaram saudade. Saudades da sua terra! Não disse nada e deixei que aquele momento secasse por si no meio do meu abraço. </span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#993399;"></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#993399;">(...)</span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#993399;"></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#993399;"><span style="font-size:130%;">Eu sabia, tinha de me despedir e aguardar que a semana passasse a voar para poder voltar ali.<br />- Para a semana volto e venho dar-lhe um beijinho.<br />Não disse nada, mas falou-me tudo com as mãos. <em>(É tão bom!)</em> E fui-me embora.<br />E quando estava a sair do quarto... “A Ana vai-se embora e só volta para a semana, que pena!”. </span></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#993399;"><span style="font-size:130%;">Agora era a minha vez de não conseguir suster as lágrimas.</span><br /></span></div><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#993399;"></span></div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-41632322762913435412009-09-24T21:03:00.001+00:002009-09-24T21:05:46.931+00:00<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXUq8NSw4eGNVV8FloNGrw22qPsUW4k5wSut67dCZF3iRcdlGQ33YAoVB2PY9ZtNmrhqiFRfkWIuBZdpMklrw55ErWpnpJu7hEXlq26Q9Eu0ogqlV19s2eQOnc6mcKTrilsNmU1zGvzrw/s1600-h/inhame.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5385142787069002226" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 196px; CURSOR: hand; HEIGHT: 201px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXUq8NSw4eGNVV8FloNGrw22qPsUW4k5wSut67dCZF3iRcdlGQ33YAoVB2PY9ZtNmrhqiFRfkWIuBZdpMklrw55ErWpnpJu7hEXlq26Q9Eu0ogqlV19s2eQOnc6mcKTrilsNmU1zGvzrw/s400/inhame.jpg" border="0" /></a><span style="font-size:130%;"><br /><span style="color:#993399;"><em>Meu inhame!</em></span></span></div><div align="center"><em><span style="font-size:180%;color:#993399;"></span></em> </div><div align="center"><em><span style="font-size:180%;color:#993399;"></span></em> </div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-38685479288532923662009-09-01T23:50:00.003+00:002009-09-01T23:55:01.707+00:00Cacos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH_g7el7BW4IHl0U7Cl4PJpxX4nXB5NskuS1OWPhNaXBYxc469Lq4WT3aOpWiR8tAL5IFbqK59OPhea39MTpO20MtEotRVjuizgiwfWFpkk4HLx2SxOSww5rwh0aiCmkFCRulYTYEyhVE/s1600-h/296133_broken_glass.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5376651778044099970" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 225px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH_g7el7BW4IHl0U7Cl4PJpxX4nXB5NskuS1OWPhNaXBYxc469Lq4WT3aOpWiR8tAL5IFbqK59OPhea39MTpO20MtEotRVjuizgiwfWFpkk4HLx2SxOSww5rwh0aiCmkFCRulYTYEyhVE/s400/296133_broken_glass.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz-njEJHNRqjLP6OTMJ2Sg3KnsQdzZrdxVBZ8owsozUYjfwQzjU9ssXlUgXF3Cpvkgc43exf3llKjfgTY1ulGxf16HzClF6X0sjlKVmbTz8UVgPxZs-CDTldc8YazG2DB8NvpDDQ0VXNk/s1600-h/untitled.bmp"></a><br /><br /><div align="justify"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;color:#333333;">De olhos postos no chão sigo o azul de um vinílico feio e frio. Linhas tortas que me levam até ti. Prefiro não olhar muito à minha volta para não ter de me embrenhar numa realidade que me incomoda quando estou neste papel de visitante. Apodera-se de mim um autismo cerrado que resguarda a coragem que me aguentará ao teu lado, pulso firme. Não sei o que encontrarei depois daquela porta e até onde me vais levar. Histórias que vamos reviver ou, por sorte, ficarmos simplesmente no agora sem confusões. As linhas azuladas inclinam-se à esquerda e sei que estás perto. É tempo de erguer a cabeça... Lá estás tu... Olhos perdidos, irrequietos, exploradores do tempo e do espaço. Preso numa cama, ali estavas tu desprotegido de tudo o que foste um dia. Na verdadeira fragilidade para que o tempo te arrastou. Um corpo desarrumado que já não responde autonomamente ao que a cabeça ordena. No cabelo grisalho despenteado e na barba por fazer, foi-se o aprumo de outros tempos. Beijo-te a testa mas pareces apático, ao mesmo tempo procuro-te a mão. Trémula, fria, onde a pele fina cobre derrames de veias que perderam a força.<br />Estás noutro tempo e noutro lugar. Deixo-me levar e reparo que no meio de muita desordem voltas sempre aquilo que foste outrora. O trabalho, as responsabilidades, a casa, as pessoas, os passeios, o ‘bon vivant’... Num momento de lucidez pedes-me que te solte as mãos (gostava tanto que percebesses porque temos de fazê-lo) e negoceio contigo que só poderá ser assim enquanto estiver ao teu lado, acenas-me um sim desesperado e só aí percebi a alegria em poderes juntá-las, em sentires-te um todo, um corpo uno e vagamente são. Depressa procuras com que as entreter, mexe-las em movimentos lentos - julgo que na tentativa de contrariares a inércia que se apoderou de ti - e depois cruza-las e deixas-te ficar assim, quieto, espectador daquilo que te rodeia. Pareces de novo uma criança, mas agora sou eu, nós, que tratamos de ti. Só gostava de ter a certeza que guardas estes pequenos gestos com o mesmo amor que tenho à tua forma peculiar de gostares de mim. Não eras de carinhos nem de mimos, brincavamos de uma maneira diferente. Eras mandão, exigente, figura de respeito mas hoje percebo a falta que me fazes. Daqueles olhos abertos e fixos e a cara cerrada que me punham em sentido e daquela gargalhada que te contorcia o corpo e me contagiava. Saudades... Saudades que me fazem reviver em câmara lenta o que ficou para trás e que sem me aperceber fui guardando com tanta ternura. Hoje és outro... alguns dizem que preservas a teimosia, eu sinceramente acho que é a perseverança de levantar um corpo que para ti ainda não morreu. Às vezes ainda te vislumbro como noutros tempos nos momentos de lucidez, mas depois foges-me... como agora e voltas a precisar que te aprisione, que te ajude a comer, a beber, a lembrar e a arrumar a cabeça. Não sei o que sentes quando te perdes mas estarei ao teu lado para te guiar.<br />E quando fecho a porta do quarto e me afasto dali, o corpo cede ao cansaço e à resistência a que me obriguei. Caio num pranto desassossegado e irracional... <em><span style="color:#000000;"><strong>não perguntes porquê avô sff!</strong></span></em></span></div><br /><div align="justify"><em><span style="font-size:130%;"><strong></strong></span></em></div><br /><div align="justify"><em><span style="font-size:130%;"><strong></strong></span></em></div><br /><div align="justify"><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">llll</span></em></div></div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-69391212050824276002009-07-13T23:34:00.001+00:002009-07-13T23:46:33.427+00:00Delirantemente feliz e esquizofrenicamente apaixonada<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz1S7WlLkTNkgn9j9_cPH8a3iGH_GEk8rClasTMtnARtx4cpismpMaXgGWEjwKO9DnHwUO_pTQ01h3tyBtk7FqodigaDYv8MyQ_UFIeDH7e7Lrxsh4kmR3ZF-qyu9M5-sKuZVET7tdI-I/s1600-h/voar.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5358094620373620194" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 227px; CURSOR: hand; HEIGHT: 275px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz1S7WlLkTNkgn9j9_cPH8a3iGH_GEk8rClasTMtnARtx4cpismpMaXgGWEjwKO9DnHwUO_pTQ01h3tyBtk7FqodigaDYv8MyQ_UFIeDH7e7Lrxsh4kmR3ZF-qyu9M5-sKuZVET7tdI-I/s320/voar.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#009900;"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;">Na terceira fila de um anfiteatro aprendi a escutar sintomas que denunciam mentes desarrumadas e desalinhadas com o tempo e com a vida. Falou-se de alucinações e delírios, de ansiedades e fobias. Ouvi falar de comportamentos estranhos e bizarros e de sensações dentro do corpo. Conheci deformações genéticas e ambientes desapropriados. Patologias e pequenos traços que podem afectar qualquer comum dos mortais.<br />Eu às vezes oiço a tua voz ao meu ouvido. Sinto a tua respiração no meu pescoço e o calor da tua mão a afagar-me o rosto. O meu corpo cheira a ti e consigo imaginar-te sem precisar de fechar os olhos. Há alturas em que falo contigo e sou capaz de imaginar as tuas respostas. Em alguns momentos uma corrente fria foge-me pela coluna só de pensar em ti. Tenho um friozinhos na barriga quando há bandos de borboletas que voam desenfreadamente dentro de mim. Tenho arrepios que me percorrem o corpo e ataques de euforia que me fazem pular e cantar sozinha no meio da rua. Às vezes apetece-me gritar para expressar o que sinto, noutras sinto-me a levitar. Consigo sonhar acordada e sorrir só porque me lembrei de coisas que mais ninguém sabe.<br /> Se isto é patologicamente perigoso, não sei! Se tenho a minha sanidade mental afectada, também desconheço! Mas seja lá o que isto for, deixem-me ser delirantemente feliz e esquizofrenicamente apaixonada todos os dias, sim? </span></span></div><p><span style="color:#009900;"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;"></span></span> </p><p><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">lll</span></p><p align="center"><span style="color:#009900;"><span style="font-family:lucida grande;"><span style="font-size:85%;color:#33cc00;"><em>Vou contar-vos um segredo... é que eu gosto dele com toda a força do mundo!</em></span></p><div align="justify"> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">llll</span></div><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">lll<br /></span></span> </span></div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-86814217240323012482009-07-05T19:29:00.003+00:002009-07-05T19:34:31.078+00:00You're everything<p align="center"><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/eNM8VBeecYU&hl=pt-br&fs=1&rel=0"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/eNM8VBeecYU&hl=pt-br&fs=1&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object></p><p align="center"><span style="color:#ffffff;">llll</span></p><p align="center"></p><p align="center"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;color:#009900;">Tenho saudades que me cantes ao ouvido...</span></p><p align="center"><em><span style="font-size:130%;color:#009900;"></span></em></p><p align="center"><em><span style="font-size:130%;color:#009900;">"You're everything"</span></em></p><p align="center"><em><span style="font-size:130%;color:#009900;"></span></em></p><p align="center"><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">lll</span></em></p>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-58250976664432650382009-06-30T20:34:00.004+00:002009-06-30T20:45:48.098+00:00Abraça-me!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1fEttk_EXuE9T4B9RXheiT1f9QfjgRX-ZExCUhSm25rBkEUrjVqgRYQCzUM425sKjUdGnbVAAKqkVqwHcvgjLSCIMpjhfSBUmSGQDbeb1B0GnG0zRM6H4iamUfWsD4K3V9GVkEmMuqHU/s1600-h/133575.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5353221962858834274" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 240px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1fEttk_EXuE9T4B9RXheiT1f9QfjgRX-ZExCUhSm25rBkEUrjVqgRYQCzUM425sKjUdGnbVAAKqkVqwHcvgjLSCIMpjhfSBUmSGQDbeb1B0GnG0zRM6H4iamUfWsD4K3V9GVkEmMuqHU/s320/133575.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#009900;"><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:lucida grande;">Subiu a rua numa corrida que lhe parecia incansável. Os poucos metros que os separam parecem-lhe infindáveis quando sabe que ele a espera. Fez o mesmo caminho de muitas outras vezes institivamente, sabe-o de cor. Na cabeça corriam-lhe ideias suficientes para lhe afastar a atenção daquele percurso, no coração crescia a ansiedade própria de quando se vai estar com a pessoa que se ama.<br />De repente percebeu que a roupa não era a adequada, tinha-a escolhido à pressa logo pela manhã no meio do sono. Lembrou-se que o cabelo não estava arranjado e que os sapatos não iam agradá-lo. Tinha-se arranjado de uma forma irresponsável nada sua. Não por desleixo, mas porque sabia que não o podia fazer esperar. Sabia que ele ia reparar em cada pormenor, que ia olhar ao mais ínfimo detalhe mas havia de saber cativá-lo além de um embrulho exterior que lhe pareceu pouco importante para a altura. Se assim não fosse (não for ou não vier a ser) não valerá a pena! Neste corrupio de pensamentos nem percebeu que já estava à sua porta, precisamente a tocar-lhe à campainha. Deu os últimos retoques no cabelo, ajeitou a blusa e arrumou os medos na carteira.<br />Ele abriu-lhe a porta com um ar ensonado e apetecível e deu-lhe um beijo perspicaz. Ela sabia o que é que aquele beijo, em território incerto, significava e sorriu. Deitaram-se num abraço de outros tempos... O mesmo beijo na testa, o mesmo acariciar, a mesma ternura. Continua tudo intacto! Não o disse mas são pequenos gestos que lhe aquecem a alma. Talvez ele saiba. Talvez ele sinta. Talvez até note que o coração bateu de maneira diferente, mais lento, mais sentido. Deleitando-se a cada toque e saboreando o calor dos corpos unidos. (<em>Ela sabe que ele sabe!</em>). Num suspiro prolongado roubou-lhe o cheiro da pele e apertou-o como se lhe pedisse que aquele momento não acabasse mais. Naqueles instantes parecia que tudo voltava a ser como antes e ela gosta disso. De se sentir segura, amada, desejada, mas acima de tudo de sentir que são os dois um do outro num eternamente momentâneo. <em>“Gosto tanto de te ter aqui no meu peito” e </em>aconchegou-a no seu regaço. (<em>Ele sabe que ela sabe!</em>).<br />Depois amaram-se loucamente, sem medos nem preconceitos. Uniram-se apaixonadamente e findaram-se no mesmo abraço em que se encontraram.<br />Agora ela trá-lo no corpo, na pele e no peito e traz consigo a certeza de que ele continua a ser a pessoa que a faz acreditar que o mundo só tem sentido quando partilhado num abraço! </span><br /></span></span></div><br /><br /><br /><span style="color:#ffffff;">çççççççççççççç</span><br /><span style="color:#ffffff;"></span><br /><span style="color:#ffffff;">llllllllllllllllllllll</span><br /><br /><div align="right"><em><strong><span style="color:#33cc00;">Abraça-me sempre....</span></strong></em></div><div align="right"><strong><em><span style="color:#33cc00;"></span></em></strong></div><div align="right"><strong><em><span style="font-size:85%;color:#33cc00;"></span></em></strong></div><div align="right"><strong><em><span style="font-size:85%;color:#ffffff;">çççççççççç</span></em></strong></div><div align="right"><strong><em><span style="font-size:85%;color:#ffffff;"></span></em></strong></div><div align="right"><strong><em><span style="font-size:85%;color:#ffffff;">llllll</span></em></strong></div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-73180429107170202722009-06-28T19:44:00.004+00:002009-06-28T21:37:09.065+00:00Piso 4, internamento<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOTu2fIMXR4zjiGbh2YjbB-gYPP0Mqlk_yQyFuPQZw7hDEFoiueNRSuFpHlaeIh2b9wadIlzsnHvi7wmnnxYPuvKHsYu6SZeyyzfAzUbevWWEds5JV5tB9cnkWC1vfEuHNTmE12EHi114/s1600-h/2877116398_26b2e307a6.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5352467004146672226" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 293px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOTu2fIMXR4zjiGbh2YjbB-gYPP0Mqlk_yQyFuPQZw7hDEFoiueNRSuFpHlaeIh2b9wadIlzsnHvi7wmnnxYPuvKHsYu6SZeyyzfAzUbevWWEds5JV5tB9cnkWC1vfEuHNTmE12EHi114/s320/2877116398_26b2e307a6.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:lucida grande;color:#993399;">Tinha chegado o dia. Saí de casa movida por um misto de sentimentos. Se por um lado tinha a certeza que ia fazer o que queria, por outro havia uma grande responsabilidade a assumir. Fiz o meu caminho pedindo baixinho que soubesse estar à altura do desafio a que me propusera. Às vezes perguntava-me porque é que me tinha metido nisto, outras pensava que esta é sem dúvida alguma a minha missão. Não era a primeira vez que para ali me dirigia mas assim parecia, talvez pelo inesperado, talvez por já ter alguma consciência do que podia esperar.<br /><em>“Piso 4, internamento”.</em> Todo o nervosismo que sentia desapareceu. Não me perguntem porquê mas ali respira-se uma serenidade contagiante. Ali, entenda-se o serviço de Cuidados Continuados e Cuidados Paliativos do Hospital da Luz. Sempre tive um desejo imenso de fazer voluntariado numa unidade de saúde deste tipo e depois de muita formação, decidi que este era o momento certo.<br />Era o meu segundo dia...<br />Cumprimentei a equipa e fui conhecer a minha companhia daquela manhã. Vou chamar-lhe Joana. Pediram-me que a levasse a dar uma voltinha para desentorpecer as pernas. Fizemos um corredor imenso em silêncio, a Dª Joana não era fácil de conquistar. Estava ali internada por febres altas de origem desconhecida e desconfiava-se que havia um historial psiquiátrico, informações importantes para poder saber com o que contar mas que depois tento esquecer. Para mim o que ali existe é o encontro de duas pessoas que se cruzam na conquista de uma intimidade partilhada. Sentámo-nos, ao fundo, na sala de estar a ver as vistas respeitando o silêncio e a compasso de espera que a Dª Joana impôs. “Trabalha aqui a menina?”, “Não, sou voluntária e vim fazer-lhe um bocadinho de companhia. Pensei que ia ser bom para si!”, “Ah, muito bem” e voltou a olhar pela janela. Sabia que não ia ser fácil, mas eu tinha tempo. Depois de alguns minutos, olhou-me de lado e perguntou “Então e trabalha onde?”, “Ainda não trabalho, estou a estudar...”, “E estuda o quê?”, “Psicologia.”, “Ah, muito bem”. Não podia exigir-lhe que gostasse de mim com a mesma rapidez com que nos conhecemos. Afinal de contas eu era uma estranha e com a minha pouca experiência de vida o que é que poderia ter para lhe oferecer?! Esperei que quisesse estar comigo e não demorou muito, “Tenho um sobrinho que também se formou em Psicologia e por acaso já está a trabalhar.”. Depois seguiu-se uma conversa sobre a sua família e as suas formações profissionais e um interrogatório sobre mim; falámos sobre inteligência, esforço e trabalho, da importância da perseverança e do mercado de trabalho, mas nunca tocando na Dª Joana. Depois de um silêncio prolongado, olhou-me nos olhos e disse no decorrer da conversa anterior “Eu conheço a Universidade Nova... muito boa... também andei lá...”. Claro que isto exigia que lhe perguntasse porquê, “Então e a Dª Joana fazia lá o quê?”, “Estudava... Sabe? Formei-me em Literatura. Gostava muito! E fui professora, foram tempos muito bons...” e a conversa não mais acabou. Deixei que a Dª Joana comandasse a nossa relação e dei-lhe o tempo que me foi pedindo nos seus silêncios para me deixar fazer parte do seu espaço. Falou-me da sua vida de professora, das pessoas que conheceu, da vida de estudante, dos trabalhos escolares que fez, dos seus 20 valores esforçados e merecidos num trabalho sobre poesia do séc. XVII, dos seus alunos... Contou-me de onde era e do que fazia até a doença lhe trair as forças e relembrou num olhos saudosos e brilhantes as viagens que fez. Mostrou-me Jerusalém, Londres e Roma nas suas descrições apaixonadas e explicou-me a história, as culturas e as vivências de outras cidades. E por entre sorrisos, risos e trocas de experiências e poesias chegou a hora de almoço. Pediu-me que a acompanhasse para ver se comia mais qualquer coisa porque “não come nada” dizia a auxiliar sua amiga. Não sei se foi pela companhia, se por se sentir satisfeita ou ter fome, mas a Dª Joana comeu tudo. Um almoço bem serviço e apetitoso, capaz de cativar o estomâgo mais preguiçoso.<br />A sala de refeições é ponto de encontro de utentes desconhecidos que se cruzam. Alguns acompanhados pela família, outros sozinhos ou com a ajuda dos profissionais, mas todos, que o queiram ou possam, têm direito à sua refeição longe do quarto.<br />Foi nessa mesma sala de refeições que conheci a Esperança (gosto de chamá-la assim!)... Baixinha, muito muito magra, de uma cor de pele diferente e sem cabelo denunciando-lhe uma doença oncológica. Um doce de senhora! Não nos falámos, mas fiquei a observá-la do meu lugar e sabem? Não sei se são as drogas, os cuidados médicos e de enfermagem ou a excelente qualidade do serviço que têm um papel importante nestes casos, mas para mim o ingrediente principal chama-se amor e dedicação. É verdade! Ali há pessoas, não há doentes. Ali todos são tratados pelo seu nome ou como gostam e sempre foram tratados, a Dª Catarinha, o Sr Coronel, a Tia Mi... Ali médicos, enfermeiros, psicológos, terapeutas, auxiliares trabalham unidos e sem guerras nem hierarquias pomposas, todos são essenciais. Ali há abraços, beijos, toques. Há música, leitura, silêncios e desejos que se realizam. Há, de doentes e famílias, lágrimas que se amparam, medos que se ouvem e legitimizam. Chamam-se as coisas pelos nomes, sabe-se que não há curas milagrosas. Mas não há falsas esperanças, proporciona-se qualidade de vida ao tempo que se tem e oferecesse amor e dedicação de braços abertos. Não creio que a Esperança estivesse tão agarrada à vida se não tivesse aquele beijo (como eu vi) sem medos numa cabeça careca que comunica ao mundo a maldade que dela se apoderou.<br />Ali cala-se a dor e apazigua-se o sofrimento... “Sr Fernando, ela hoje está calma e parece estar bem. Mas tivemos de entubá-la de novo porque de manhã expulsou o tubo.”, “Srª Enfermeira diga-me só uma coisa, magoou-a?”, “Não Sr Fernando. Ela colaborou e ninguém a aleijou.”, “Então nada mais me importa!”, dá-lhe a mão e olha-a ternamente. Como se a força daquele amor conseguisse chegar onde a voz não conseguesse porque a lucidez já abandonou aquele corpo há muito tempo. Haverá melhor remédio?<br />Ali e em qualquer parte do mundo, acredito que o amor vai ser sempre capaz de chegar onde nada mais conseguirá e que, mesmo sabendo o nosso fim, é essa força <span style="color:#993399;">que dará vida à alma de cada um de nós.</span></span><span style="color:#993399;"> </span></span></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#993399;">Foi assim que voltei para casa com a certeza de que quero continuar neste caminho e que cada dia será uma nova lição!</span></div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-58451669701032704702009-06-24T15:44:00.002+00:002009-06-24T15:49:46.335+00:00...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg889yiGWbqhqQAUVZ6IuuuVDo1RWmtbh5yxhroYkKSoJjmC9e6bZPNSW_OdQNE8bRWGsIkPHZyQkPQM0l25dFlBEn8mWu1oVLgPEGNOgRZ3LhMYYtTH22fSHhHLsF1Ke4SfFHujlxHk1g/s1600-h/20080110181135_dsc_2537ceu.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5350921815239515986" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 239px; CURSOR: hand; HEIGHT: 174px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg889yiGWbqhqQAUVZ6IuuuVDo1RWmtbh5yxhroYkKSoJjmC9e6bZPNSW_OdQNE8bRWGsIkPHZyQkPQM0l25dFlBEn8mWu1oVLgPEGNOgRZ3LhMYYtTH22fSHhHLsF1Ke4SfFHujlxHk1g/s200/20080110181135_dsc_2537ceu.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><span style="font-family:lucida grande;color:#006600;">Sabes?<br /><br />Quando eu não acreditava em sonhos, realizaste cada desejo meu sem que precisasse de o falar.<br />Quando pensava que não existiam jantares à luz das velas, tapaste-me os olhos, encheste a casa de pequenos pontos de luz e aqueceste-me as noites.<br />Quando pensava não ser capaz, deste-me a mão e a força do mundo para continuar.<br />Se quis chorar ou desaparecer, estendes-te os braços e abraçaste-me com ternura.<br />Quando sorri, fi-lo com toda a alma porque estavas lá.<br />Quando tive medos imensos, estiveste para me mostar que o mundo não era mau.<br />Quando vinham os amuos mimados, respiraste fundo e pacientemente fizeste-me crescer.<br />Se tinha sono, embalavas-me no teu carinho até ao mundo dos sonhos.<br />Quando tentava esconder a minha pequenez, pedias para não fazê-lo porque gostavas de te apaixonar nas minhas criancices.<br />Quando eu não sabia, demoravas-te a ensinar-me com dedicação.<br />Quando eu estava longe, procuravas-me e agarravas-me com medo que nos perdessemos.<br />Se eu escorregava, depressa me agarravas antes que me magoasse.<br />Quando tentavam derrubar-me, enchias-te de heroísmo para me defender.<br />Quando pedia, tu eras, estavas, davas e fazias só para me ver sorrir a todo o momento.<br />Quando me descuidava, lá estavas tu embevecido a olhar para mim.<br />Se dizia um disparate, rias-te e corrias a dar-me um beijo.<br />E quando não esperava, aparecias só para me dizer o quanto te fazia feliz...<br /><br />...onde é que andas?</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;"></span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">lllll</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#ffffff;">lll</span></div><br /><div align="justify"><span style="color:#006600;"></span></div><br /><div align="right"><span style="color:#006600;"><em>Tenho saudades...</em></span></div><br /><div align="right"><em><span style="color:#006600;"></span></em></div><br /><div align="right"><span style="color:#ffffff;">llll</span></div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-71344507377123823222009-06-19T19:57:00.001+00:002009-06-19T20:06:36.969+00:00Voltar a ser pequenina<div align="justify"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;color:#006600;">Olho para trás e quero voltar a ser pequenina. Era tudo tão mais fácil, pintado de uma magia etérea. Acordava sempre com a mesma alegria genuína. Os olhos e o meu sorriso brilhavam sem se cansarem. Era amiga do Sol e do mar, brincava ao esconde-esconde com o arco-íris e adormecia com a Lua. Encantava-me com o brilhozinho dos pirilampos à noite no jardim. E acreditava que se podia tocar nas nuvens, que eram fofinhas e se podia saltar em cima delas. Gostava de me sentar e imaginar o que havia para lá do azul do céu e quando o dizia à mãe, ela respondia com a maior ternura “não sei, mas quem sabe se um dia não vais ser tu a descobrir! Lá pode haver tudo o que tu quiseres imaginar!” e só uma resposta destas dava-me uma infinidade de horas de imaginação. Sentia-me grandiosa e cheia de poderes. Era bom inventar as minhas histórias, viver vidas de crescidos por entre saltos altos que me caiam dos pés e batons que me faziam sentir uma senhora. Ensinava as letras e os números aos meus amigos imaginários porque eu era a melhor professora e muito dedicadamente leccionava aulas ao meu irmão mais pequeno, aluno dedicado (ainda hoje guardo os trabalhos dessa escola!). Embalava-me nas histórias das princesas e dos príncipes que a Disney me oferecia e baixinho desejava ter vestidos compridos e rodados e ser tão bonita como elas, de cabelos compridos e pestanas grandes. Gostava de fazer casinhas para as barbies, inventar vidas iguais à que vivia (fazia-me confusão as barbies da minha prima voarem e terem poderes mágicos, quando para mim elas eram pessoas como nós). Eram tempos em que as minhas preocupações andavam à volta dos sapatinhos da barbie que se perdiam, das minhas casinhas que se desmanchavam ou dos vestidos que se rompiam. Onde os únicos dói-dói eram os dos joelhos esfolados pelo chão que se curavam ao melhor beijinho da mamã. Onde os dias pareciam pequeninos para tanta vontade de correr e brincar e à noite a cama era a melhor amiga para me perder entre sonhos inacabáveis. Rebolava-me na relva, apanhava pedrinhas e mexia na terra sem preconceitos. Gostava de me molhar na mangueira e de ouvir histórias de quando os crescidos eram como eu, pequeninos (eles não tinham brinquedos, mas falavam sempre desses tempos com um sorriso!). O avô dizia que se sentava no cimo do monte a sonhar com uma casa ali. Ali onde eu estava a crescer e eu achava-o um herói porque também ele tinha uma casinha como sempre quis. Às vezes íamos apanhar pêras e maçãs e enchíamos baldes que depois nas cestas de verga da cozinha perfumavam a casa. Aprendi como nascem os tomates e o feijão verde e gostava quando a banda ia tocar lá a casa. O meu avô também tocou na banda e foi ele que me ensinou a clave de Sol. Mas nunca consegui dizer as notas musicais de trás para a frente como ele.<br />Olho para trás e quero voltar a ser pequenina. Como quando vi uma vaca pela primeira vez. Era tão grande e o avô (o outro avô que conheci por pouco tempo) deixou-me dar-lhe uma maçã vermelha. Eu não sabia que as vacas comiam maçãs?! E depois explicou-me o que era ruminar e eu achei estranho. Foi lá na terra desses avós e do pai também que descobri que há pessoas que não têm casa de banho nem água nos canos. Lava-se a loiça com água de um tanque, uma água muito fresquinha e “mais boa”. E fiquei com a tia a lavar a loiça num alguidar enquanto se passeava ao pé de nós uma lagartixa amiga da tia e eu não tive medo. Nessa casa ficámos até tarde na rua a falar. Rimos, contámos anedotas, cantámos e deixámos que as estrelas chegassem. Lá não há casas grandes, as casas são baixinhas e pintadas de branco com uma risca azul, têm banquinhos de pedra na rua e não se fecha a porta a chave. Não há barulho, só o silêncio de um Alentejo acolhedor e de uma natureza que nos dá a mão delicadamente. Foi por esses lados também que tomei banho num alguidar no meio de uma cozinha grande quase do tamanho da minha casa de Lisboa e que giro que foi. A tia (outra tia) e prima diziam que eram pobrezinhas e pediam desculpa, mas se ser pobrezinho é isto então é bem divertido. Na casa do pai descobri por entre o pó os brinquedos dele e os livros dos “Cinco” e gostava de beber o meu leite na caneca que ele usava quando era pequenino. A terra dele não é nada igual à minha, tem cidade e campo. Mas é uma cidade calma onde todos são amigos e se conhecem.<br />Também gostava de brincar aos restaurantes em Castelo Branco, a tia fazia muitos bolos e doces bons. Fazia (e faz) sempre o que gostamos e tem uma maneira muito dela de falar. Tinha um jardim grande e um sótão. E lá a casa era diferente, um diferente diferente. Não sei explicar, talvez o cheiro, a decoração ou as histórias.<br />É por isto que olho para trás e quero voltar a ser pequenina. Pelos sonhos e pelas alegrias. Pelos doces momentos que me encheram os dias e nunca me fizeram conhecer o sabor das lágrimas. Pelas pessoas boas (estas e outras!) que me abraçaram e me ampararam nesta caminhada até hoje e me ajudaram a tornar no que sou.<br />Sonhos… sonhos que ainda hoje me povoam e me continuam criança, pequenina.<br /></span></div><div align="justify"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;color:#006600;"><span style="color:#ffffff;">llll<br /></span><strong><br /><span style="color:#009900;"><em>Sabes? Quero olhar para a frente e voltar a ser a tua pequenina…</em></span></strong></span></div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-64073342955242762982009-06-16T18:18:00.003+00:002009-06-16T18:20:40.683+00:00Medo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS5ICEwudUlNf82VRRWZu80nx3SdNoRSHYqugXa1cq-tacp14uq_LOCOH0nxw3EhNZFe-aXae9uFA5NXqca-bj7tattKZaOBxGa3w4H4FDnAQnaWNXmZ8FKyQrMro3QZuQS3qHVVND4TA/s1600-h/medop.jpg"></a><span style="color:#ffffff;">llll</span><br /><span style="color:#ffffff;">lll</span><br /><br /><br /><div align="center"><span style="font-size:180%;color:#666666;"><em><strong>Tive medo...</strong></em></span></div><div align="center"><strong><em><span style="font-size:130%;color:#666666;"></span></em></strong></div><div align="center"><strong><em><span style="font-size:130%;color:#666666;"></span></em></strong></div><div align="center"><strong><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;"></span></em></strong></div><div align="center"><strong><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">llllllll</span></em></strong></div><div align="center"><strong><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;"></span></em></strong></div><div align="center"><strong><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;"></span></em></strong></div><div align="center"><strong><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">lllll</span></em></strong></div><div align="center"><strong><em><span style="font-size:130%;color:#ffffff;">lll</span></em></strong></div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-6806637521596225022009-06-09T15:51:00.003+00:002009-06-09T15:55:12.805+00:00Recontar a história<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcCm5HiTkkjYBp4xJPaK_4LYwdxU-PUDC5j0nQrMni_q7_D8cqAvXwB2UvfVvin7bd16Wrua4Fd0209GdC2-ew-8z8Bs3-Kfx3OfHpeCb1KOQm8jvb-_eIoz67HIH04l36yiWPaVHX2IM/s1600-h/bolhas+de+sab%C3%A3o.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5345356530014138626" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 267px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcCm5HiTkkjYBp4xJPaK_4LYwdxU-PUDC5j0nQrMni_q7_D8cqAvXwB2UvfVvin7bd16Wrua4Fd0209GdC2-ew-8z8Bs3-Kfx3OfHpeCb1KOQm8jvb-_eIoz67HIH04l36yiWPaVHX2IM/s320/bolhas+de+sab%C3%A3o.bmp" border="0" /></a><br /><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#009900;">Sentei-me no chão de pernas cruzadas como quando era criança. Mas desta vez não ia brincar como antes e inventar histórias de bonecas. Sentei-me para nos reviver...<br />Fechei os olhos, inspirei fundo e com coragem abri a caixa de tesouros. Lá estava aquela moldura grande connosco envolvidos num abraço, das nossas primeiras fotografias, lembras-te? E sabes o que é procurei primeiro? Aquela caixinha... lá de dentro saíram cheiros, promessas, sonhos. Será que se perdeu tudo? Nem foi preciso fechar os olhos para reviver aquele Natal, os teus olhos e o teu sorriso, a tua felicidade, a nossa felicidade. Parece que ainda te sinto no meu peito a pedir que te amparasse as lágrimas de saudade de quem te fazia falta. Vejo-nos como se se tratasse de um museu, onde nada foi mexido e permanece intocável à passagem do tempo.<br />Depois fui descobrindo outros momentos numa viagem vagarosa. Reconstruí aquela história de amor na tentativa de perceber o que falhou e onde nos perdemos... A cada cena chorei a falta que me fazes e o peso da tua ausência. Aprendi a viver os dias de mão dada contigo e não estava preparada para a tua partida. É por isto que gosto de reviver-nos, sinto-te perto de mim. Tenho-te aqui ao meu lado, falo-te, namoro-te, oiço-te, abraço-te e sinto-te comigo. Voltas a rir-te, os teus olhos voltam a brilhar e eu sou feliz. Aprendi a ser feliz na tua felicidade e no cordão umbilical que nos une por nos alimentávamos e respirávamos um ao outro.<br />Ponho o meu narizinho vermelho, encho o quarto de bolhas de sabão e cada uma delas peço um desejo. Torno-me a tua criança sem vergonhas, mas faltas tu para te rires e me abraçares. Encheres-me de cócegas e dizeres que gostas de mim!<br />Por breves momentos parecia que tudo tinha voltado a ser verde... Tudo era para ser eterno, para todos os sempres. Prometemo-nos um ao outro sem medos. Onde é que falhámos? Onde é que escrevemos mal a história? </span><br /></div><div align="justify"><span style="font-size:130%;color:#009900;"></span></div><br /><div align="center"><span style="color:#009900;"><span style="font-size:130%;"><span style="color:#ffffff;">llllll</span><br /><br />Traz os teus tesouros e senta-te ao meu lado, vamos voltar a escrever-nos... </span></span></div><div align="center"><span style="font-size:78%;color:#ffffff;">klkkkk</span></div><div align="center"><span style="color:#009900;"><span style="font-size:180%;"><strong><em>E viveram felizes para sempre, para todos os sempres!</em></strong></span></span></div><div align="justify"><strong><em><span style="font-size:180%;color:#009900;"></span></em></strong></div><div align="justify"><strong><em><span style="font-size:180%;color:#ffffff;">lllll</span></em></strong></div><div align="justify"><strong><em><span style="font-size:180%;color:#ffffff;">llllllll</span></em></strong></div><div align="justify"><strong><em><span style="font-size:180%;color:#ffffff;">l</span></em></strong></div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-9082587864148580822009-05-29T18:21:00.001+00:002009-05-29T18:24:05.865+00:00O que foi que aconteceu<div align="center"><span style="color:#009900;"></span></div><div align="center"><span style="color:#ffffff;"></span> </div><div align="center"><span style="color:#ffffff;"></span> </div><div align="center"><span style="color:#ffffff;">llllllll</span></div><div align="center"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;color:#009900;"><em>"Nunca senti bater o meu coração</em></span></div><div align="center"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;color:#009900;"><em>Como senti ao sentir a tua mão</em></span></div><div align="center"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;color:#009900;"><em>Na tua boca o tempo voltou atrás</em></span></div><div align="center"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;color:#009900;"><em>E se fui louca</em></span></div><div align="center"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;color:#009900;"><em>Essa loucura</em></span></div><div align="center"><span style="font-family:lucida grande;font-size:130%;color:#009900;"><em>Essa loucura foi paz"</em></span></div><div align="center"><span style="color:#009900;"></span></div><div align="center"><span style="color:#ffffff;">lll</span></div><div align="center"><span style="color:#ffffff;"></span></div><div align="center"><span style="color:#ffffff;">lll</span></div><div align="center"><span style="color:#ffffff;">lllll</span></div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-40500793808330783392009-05-28T16:25:00.001+00:002009-05-28T16:28:16.110+00:00Voltas?<p align="center"><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/fwWRe6zrLUc&hl=pt-br&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/fwWRe6zrLUc&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object></p><p align="center"><span style="color:#ffffff;">llll</span></p><p align="center"><span style="color:#33cc00;">"Nos desenhos animados eu já conheço o fim o bem abre caminho a golpes de espadachim e o príncipe encantado volta sempre para mim"</span></p><p align="center"><span style="color:#ffffff;">lll</span></p><p align="center"><span style="color:#ffffff;">lllllll</span></p><p align="center"><span style="font-size:130%;color:#33cc00;"><strong><em>Voltas?</em></strong></span></p>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-31237264292225810132009-05-24T13:38:00.003+00:002009-05-24T13:42:27.712+00:00<div align="justify"><span style="color:#006600;"><span style="color:#009900;">De porta fechada passeia-se pelo quarto. Da cadeira para a cama, da cama para a janela, este é agora o seu refúgio. Longe de tudo e de todos, de um mundo que não lhe apetece enfrentar. Têm sido assim os seus dias, deixou de ter vontade de viver lá fora. Não sabe habituar-se à ausência, àquele lugar por completar e a uma vida sem vida. A dor é tanta que lhe apetece arrancar o coração com as mãos. O aperto na garganta e a culpa que se passeia no sangue, consomem-na e vão matando-a aos poucos. Os olhos tristes, a cara cavada de um tom amargurado marcam a sua figura. Chora! Deixou de ter aquele brilho de outros tempo. Deixou de pular e esqueceu-se do que é sorrir. Para trás ficaram os melhores momentos da sua vida... E chora! O corpo curva-se e perde peso ao passar dos dias, alimenta-se da esperança. Aqueles que vivem para lá da porta fechada tentam o seu melhor para lhe pintar a vida, mas ela rejeita-os. Afinal só quer uma pessoa...</span> </span></div><span style="color:#006600;"></span><br /><span style="color:#006600;"><div align="justify"><br /></span></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHPhLqYJlexWm_1ONgoh4vIf_co5msqVqdu0QZnjWjZlkhHZVgsTSzVJRp0oZ5PWuKoMhR4UOiwHVzRJfP2C9gjxkRc3QoYnD6Ah5JFArUILdQFNilO-DQnFqLrxzg62DWNECpsnXuKnY/s1600-h/GARGANTA.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5339384923442091506" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 144px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHPhLqYJlexWm_1ONgoh4vIf_co5msqVqdu0QZnjWjZlkhHZVgsTSzVJRp0oZ5PWuKoMhR4UOiwHVzRJfP2C9gjxkRc3QoYnD6Ah5JFArUILdQFNilO-DQnFqLrxzg62DWNECpsnXuKnY/s200/GARGANTA.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="center"><span style="color:#006600;">"Sofreria o que fosse preciso, só por mais um minuto de felicidade contigo!"</span></div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-18960243095929876892009-05-20T23:04:00.002+00:002009-05-20T23:06:18.732+00:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3E4jOmrk3znS1rNf-CHmsYdmbKcjVfBWDa9TgNJntIMb7XFq1WjOmfLFsK6DNcsOhNoE3f6AG_K3bD8rqqExlOwGIzp1K0wCdSs9lDq219_KW4d7QoPfq9YigN92K7ONmp0DkAwSzUAI/s1600-h/untitled9.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5338046337950230434" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 136px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3E4jOmrk3znS1rNf-CHmsYdmbKcjVfBWDa9TgNJntIMb7XFq1WjOmfLFsK6DNcsOhNoE3f6AG_K3bD8rqqExlOwGIzp1K0wCdSs9lDq219_KW4d7QoPfq9YigN92K7ONmp0DkAwSzUAI/s200/untitled9.bmp" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><div align="justify"><span style="color:#009900;">Perdi a noção do que é certo e errado. Perdi a noção do razoável. Não sei o que é que tenho mais ao meu alcance. Nada, provavelmente! Dizem que a vida nos põe à prova, diz-se por aí que viver não é fácil e eu começo a concordar. Mas se viver é isto...que me deixem ir...</span> </div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-24908938346036952942009-05-19T23:22:00.001+00:002009-05-19T23:26:32.040+00:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_GO3HiDp1Y6gmYpJHcQKIoVDOdjUfSelRicwLBycmqesMVZivTUVtXOlXU2W_YObhEbfrXZudaA98fcMUmurnDesgmNekbM3NIqRSgfAEZkWseRdlnY_o3l0xi86aVf9b6YRbRDuBpS4/s1600-h/medo.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5337680485067967762" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 191px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_GO3HiDp1Y6gmYpJHcQKIoVDOdjUfSelRicwLBycmqesMVZivTUVtXOlXU2W_YObhEbfrXZudaA98fcMUmurnDesgmNekbM3NIqRSgfAEZkWseRdlnY_o3l0xi86aVf9b6YRbRDuBpS4/s200/medo.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify"><span style="color:#009900;">Aprendi a trazer-te no coração, num lugar protegido onde ninguém te pudesse fazer mal. Não mostras, mas sei que és das pessoas mais frágeis. Ergues um muro inderrubável à tua volta e poucos são aqueles que o conseguem transpôr, escondes-te por trás de uma muralha com medo de sofrer e ages friamente. Tu não és assim! Tu sabe-lo e custa-te empurrar alguns dos que gostas por um orgulho que fala sempre mais alto. Sempre me disseste a medo “Eu sou uma pessoa difícil”, mas nunca me assustaste com isso. Às vezes é difícil domar-te, contornar o teu lado duro, mas com cuidado sei chegar ao teu outro eu. Lá, é um dos lugares mais bonitos que conheço! Gostava que um dia conseguisses olhar para ti e acreditasses que vales muito. Tem sido assim, que por entre um desafio e grandes batalhas, te fui descobrindo e apaixonando-me desmedidamente. Gosto quando deitas fora todas as armaduras com que te cobres e pedes que te abrace e proteja. Ficas pequenino, tão pequenino que cabes no meu abraço. E eu deleito-me nesta tua ternura. Gosto quando pedes que não te largue, quando sem medos choras o que te magoa e os receios que te assaltam. Nesses momentos dou tudo de mim e sinto-me gigante. Sinto-me a melhor por te ter comigo, tão verdadeiro. Então dou tudo de mim e escondo-te dos maus e dos fantasmas, somos só tu e eu. E foi assim que aprendi que guardar-te no coração era a melhor forma de te proteger.<br />Nem todos têm este privilégio, ver-te realmente como és. Perdem muito por isso e tu também, mas aos poucos tenho-te visto a trazer sentimentos ao mundo. Pode haver quem não te compreenda, quem te ponha de parte ou critique mas eu aprendi a compreender-te com o tempo, a saber ler-te no silêncio e no olhar. E sabes uma coisa? Gosto desta nossa capacidade de nos conhecermos, sem que os outros saibam! É como se fosse um segredo só nosso!<br />Nunca tinha sentido tão grande responsabilidade: cuidar de alguém! Não é tarefa fácil, mas quando feita do coração não custa. E contigo é assim, não custa! Mas o medo de falhar nunca me largou. Magoar-te é proibido! Era! Sim, eu sei. Já pus o pé em falso...já quebrei a proibição! E acredita, não há pior castigo que esse. A culpa que pesa no peito, que arrasta o andar e que dói ao respirar. Imagino o que sentes, conheço-te demasiadamente bem para supor. Eu sei que todas as desculpas serão poucas, mas desculpa-me do fundo do coração. Sei que fui contra um dos grandes valores que defendes, mas acredita que não o fiz de coração. E sabes o que dói mais? Saber que não merecias, que tens sido verdadeiramente perfeito para estares assim e por isso magoa mais. Gostava tanto, tanto, tanto que parásses um momento e me ouvisses, olhasses para mim e acreditasses que o brilho nos meus olhos é o mais sincero que tenho para ti. Grita, bate-me, revolta-te, mas falemos com verdade. E no fundo, quero acreditar que o que nos une vai ser mais forte que o meu erro e que no final vais pedir-me que te abrace e te proteja do que te assusta para sempre...para todos os sempres!</span></div>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8066942485474898741.post-60155377253049062792009-05-19T15:54:00.007+00:002009-05-19T16:08:04.270+00:00<span style="font-size:180%;color:#009900;"><strong>Desculpa!</strong></span><br /><br /><br /><em><span style="color:#006600;">Desculpa</span></em><br /><br /><span style="color:#006600;">s. f.<br />1. Perdão de culpa ou ofensa.<br />2. Alegação atenuante ou justificativa de culpa, ofensa, descuido.<br />3. Escusa, pretexto.</span><br /><br /><br /><br /><span style="color:#006600;"></span><br /><br /><p align="justify"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5337564378882729778" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 230px; CURSOR: hand; HEIGHT: 176px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3G2xTA0zo8U9_NpSuA4oc_3Z4KBPx9sMvNcJYamJM3YTD2xhYd1ulJFLWqhq-GLTB2VZmvi2BHEfqUTMrGH4OHSLfaqczT3Y_TMBIUVl9pxAldJKEjRJPlEykPWMONKCwrdbWDOaPL1U/s200/folha_seca.JPG" border="0" /><strong><span style="color:#009900;"> </span></strong></p><p><span style="font-size:180%;color:#009900;"><strong></strong></span></p><p><span style="font-size:180%;color:#009900;"><strong></strong></span></p><p><span style="font-size:180%;color:#ffffff;"><strong>lll</strong></span></p><p><span style="font-size:180%;color:#ffffff;"><strong>lll</strong></span></p><p><span style="font-size:180%;color:#009900;"><strong>Perdoa-me!</strong></span></p><p><strong><span style="font-size:180%;color:#009900;"></span></strong> </p><p><em><span style="color:#006600;">Perdoar</span></em></p><p><span style="color:#006600;">v. tr. e intr.<br />1. Conceder perdão a.<br />2. Remitir a dívida, a culpa, absolver da pena.<br />3. Desculpar.<br />4. Poupar.</span></p><p><span style="color:#006600;"></span> </p><p><span style="color:#ffffff;">lll</span></p>NiNihttp://www.blogger.com/profile/13057403213140829346noreply@blogger.com0