quarta-feira, 23 de abril de 2008

A outra margem do rio


Fala-me de ti. Daquilo que és ou do que finges ser.
Vejo-te todas as tardes sentado na mesma cadeira, a mesa, sempre, metodicamente arrumada, o olhar perdido lá ao fundo no rio... e desenhas. O carvão voa levemente pelo papel quase com medo de tocar-lhe, passeia-se harmoniosamente e surgem os primeiros rasgos negros numa folha amarelada.
Que desenhas tu sempre nesse lugar?
Fala-me dessas tuas criações que me cativam aqui, ao longe, umas quantas mesas ao teu lado, onde expiro a curiosidade que se baralha no ar com a tua inspiração.
De vez em quando sorris... tiras-me o medo e aproximo-me de ti. Chamo-te pintor? Ou sonhador? E, sem que me aperceba, nada naquela folha reflecte o horizonte que fitas constantemente, todos os finais de tarde - Afinal que pintas tu, meu artista? - O sonho, o sonho de voltar a ver a margem do rio...

terça-feira, 8 de abril de 2008

Espero...



llll
lllll
... o tempo parou e tenho um aperto no estômago ou será no coração?
llll
ll Tenho medo que não voltes...
llll
lll kkk ... mas vou ficar aqui, no meu sítio, à tua espera!