sexta-feira, 24 de abril de 2009

Castelos na areia


O sol aquece-lhe a pele e uma brisa leve salga-lhe o corpo. Volta a vestir-se de menina e um grande laço prende-lhe o cabelo numa trança bem desenhada. De cócoras, escolhe as conchinhas mais perfeitas e procura as pedras mais reluzentes cobertas por pequenas ondas que lhe molham os pés. Chapinha na água como uma criança pequena. Gosta de sentir as gotas a molharem-lhe a cara. Gosta de roubar o sal à água que lhe cai nos lábios, tempera-lhe a alma e salga-lhe o doce que lhe vai lá dentro. Por momentos fecha os olhos e deixa que a imaginação a leve por entre histórias de sereias e corais enfeitados, sabe bem sonhar! Uma gaivota trá-la de novo à praia. Corre para o seu castelo de areias encantadas e cobre-o com os seus tesouros. À volta ergueu muralhas fortes, não vai deixar que lhe destruam os sonhos (mais uma vez!). Sorri e no coração acredita que desta vez é para sempre. Ao longe corre-lhe um pequenote, moreno, de olhos a brilhar. Ofegante, deixa-se cair na areia, estende-lhe a mão e mostra-lhe a estrela do mar mais bonita. “Demorei a chegar, mas tinha de encontrar a mais especial para ti!”. Ela. Sem querer soltou-se-lhe uma lágrima, salgada como o mar. Afinal, como é que não podia acreditar em finais felizes para sempre?



O tempo passou... É tempo de voltar a sorrir!!!