quinta-feira, 20 de março de 2008


O sol bate-te no rosto, aquece-te a pele. Envolve-te numa temperatura que sabe bem. A paisagem é deslumbrante, podias sorrir-lhe. Deliciar-te com estes pequenos nadas da natureza mas falta-lhe algo. Na tua mesa conversam alegremente, comentam as aventuras de mais um dia e riem-se daqueles que estão em volta. Mas tu afastas-te dali. O teu pensamento só tem uma direcção, a distância que vos separa. Por detrás dos óculos de sol escondes a primeira lágrima que te quer escapar. Não gostas de chorar em público, nunca gostaste. Mas a falta dela começa a ser pesada. Nunca pensaste que fosse tão difícil. Só a querias aí perto. Tão perto que ouvisses o seu pestanejar. Querias vê-la escondida por entre o carapuço gigante de onde nasce o melhor sorriso do mundo. Aquele que te dá alento e ainda hoje altera o teu coração. Como gostavas de tê-la perto. A sua ausência é demais, faltam as conversas, os risos cúmplices, a sua meninice como quando corre de braços abertos a pedir-te colo. Passas os dias agarrado à esperança de voltar a tê-la no teu regaço, de ouvir o riso que lhe vem da alma e deleitares-te no seu olhar. Aquele olhar tão transparente e vivo.
E subitamente sentes o seu cheiro como se ela estivesse ali, fechas os olhos e deixas-te levar pelos sentidos. Em pouco tempo sentes o toque da sua pele, os beijos e aquele abraço aparentemente tão longínquo. Afinal ela está ali, basta quereres. O amor tem este poder, aproximar dois seres no coração.
E sem pedires licença levantas-te da mesa “Estou meu amor? É só para dizer que te amo e que não paro de pensar em ti!”. E do outro lado, a muitos quilómetros de distância, um coração anima-se e o mundo assiste ao nascer do maior sorriso do mundo… "Também te amo muito meu amor”.

3 comentários:

Ana disse...

Gostei tanto! =)

Luis disse...

Diz que tem esse poder!
=D**

Luis disse...

Muito bom ja agora!