quinta-feira, 17 de maio de 2007

O teu sorriso


Lembro-me. Lembro-me hoje. Ontem. E hei-de lembrar-me amanhã. Tropecei nele sem querer. No teu sorriso. Fingi que me era indiferente. Mas não foi. Não é. Não és.
Chegaste e ficaste sem pedir licença como se soubesses que eu ia querer(-te). E quis. E quero.
Trazias as mãos cheias de tudo. Daquilo que eu estava vazia. Trazias o mundo em ti para preencheres os meus pedaços de nada. E eu deixei. Tocaste-me ao de leve com a sabedoria de quem sabe o faz e o que quer. E eu gostei. E gosto. Não me perguntes porquê. Pergunta ao meu coração, talvez ele consiga explicar-te. Eu não consigo. Nem sei se quero conseguir. Quero apenas sentir. Sentir dentro de mim.
Fica. Fica e não peças licença para nada. Invade-me. Deixa-me sentir o teu calor. Fundir-me contigo numa só alma, num só corpo. Naquilo que só nós sabemos ser. Quero ficar sempre assim. Será isto um sonho? Talvez. É tudo tão perfeito. Tão perto do infinito. Mas se isto for um sonho, então calem o mundo! Não façam barulho. Deixem-me dormir e sonhar para sempre...

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